domingo, 12 de junho de 2011

TAMBORES DA LIBERDADE




O Tambores da Liberdade é um programa de rádio, voltado para a difusão da música de matriz negra.

A idealização deste programa surgiu no ano 2000, da união de esforços do Ilê Aiyê, Malê Debalê e Olodum. Resistindo, lutando e todando nosso ritmo.

Seu foco principal, são as músicas dos blocos afros de Salvador. Abrindo espaço para a divulgação dessas instituições, que não só abrilhantam o carnaval da capital baiana, como, exercem fundamental papel social nas comunidades de onde surgiram.

E é aí que o TAMBORES DA LIBERDADE entra, tentando, ainda que com poucos recursos, reparar essa discriminação e permitir que o batuque dos tambores ecoem por todo canto do mundo. Apresentando um trabalho músico-artístico-cultural riquíssimo em história, beleza, ritmo e suingue.

Seja bem-vindo (a) ao nosso site.

Hoje, o TAMBORES DA LIBERDADE tem a produção do Ilê Aiyê, com apoio da Rádio Educadora FM (105,5 MhZ).

"Para começar bem sua gostosa noite de sábado", todos os sábados, das 18h às 19h, na Educadora FM "tocando música, trocando informações". Música, notícias e prêmios para os ouvintes.

A PRODUÇÃO é de Sandro Teles e Jaci Trindade. COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: Jonatas Conceição. LOCUÇÃO: Patricia Lins e Petros Nobre.

Contatos: (71) 2103-3400 - Sandro Teles ou Jaci Trindade / e-mail: tamboresfm@yahoo.com.br / www.educadora.ba.gov.br

Lançada a coleção História Geral da África


Uma excelente notícia para professores: a Unesco, em parceria com a Universidade Federal São Carlos (UFSCar) e o MEC lançaram em abril de 2011 em Salvador a versão em português da coleção História Geral da África.

São oito volumes interdisciplinares, pois trazem também conteúdo sobre geografia, política, cultura, dentre outros temas ideais para a aplicação da Lei 10.639/03 que estabelece o ensino de História da África e Cultura Afro-Brasileira e foi ampliada com a 11.645/08 para incluir também História e Cultura Indígena.

O material foi produzido ao longo de 30 anos com a contribuição de 350 pesquisadores, coordenados por um comitê formado por 39 especialistas, sendo a maioria africanos, ou seja o olhar vem de quem conhece a África, sobretudo a negra, de perto, evitando a repetição de estereótipos. A publicação já estava disponível em francês e árabe.

Os volumes estão sendo disponibilizado para bibliotecas de insituições públicas, mas é possível acessá-la, de forma completa, em PDF via o site da Unesco. É só clicar aqui para conhecer e aproveitar.

A tradução para o português foi coordenada pelo doutor em Ciências Sociais, Valter Roberto Silvério.

Diretor é condenado por racismo

Wolf Maya ( no centro de camisa vinho) foi condenado por racismo. Foto:Willian Andrade| TV Globo| Divulgação| 29.08.2007

O diretor e ator da Globo, Wolf Maya, foi condenado a dois meses de prisão por conta de injúria com conotação racial. O acusador é um técnico de iluminação que trabalhou em uma das peças do diretor.

A condenação é em primeira instância e a defesa do diretor vai recorrer. Além disso, Maya nega a acusação.

Segundo a queixa ele teria ofendido o técnico Denivaldo Pereira da Silva com as seguintes palavras: “preto fedorento que saiu do esgoto com Mal de Parkinson”. Isso teria ocorrido em 12 de agosto de 2000.

As informações são do portal Uol. Para saber mais clique aqui.

Fonte: Blog Mundo Afro

quarta-feira, 8 de junho de 2011

ÚTERO DA MÃE ÁFRICA, NASCEU O POVO NEGRO BRASILEIRO



A história do negro é uma história de luta e resistência, em qualquer parte do mundo. Em 1550 o Brasil recebeu mais de três milhões de africanos que foram trazidos para as Américas, segundo o IBGE. O Brasil é o segundo país mais negro do mundo e da diáspora. Essa trajetória atinge uma etapa histórica crucial no período da escravidão. O interesse do europeu foi tornar a população do país cada vez mais branca e erradicar da mente e do afeto dos descendentes escravos a imagem da África como uma lembrança positiva de nação e de pátria, de terra nativa.
O povo negro, muitas vezes esquecido e oprimido, viveu experiências de liberdade, até mesmo no cativeiro. Ninguém conseguiu tirar sua liberdade interior. Sua espiritualidade era de resistência: conservou sua língua, sua música, sua linguagem corporal e, na dança, no gingado, na capoeira, nas comidas, nas cores expressa vida e esperança. Homens e mulheres negras estão no palco da história e se afirmaram sujeitos dos seus próprios destinos e do seu povo.
O contexto em que vive o afro-brasileiro/afro descendente, ainda é de grandes dificuldades: de luta por políticas afirmativas, de reconstrução de suas vidas, seu espaço nos movimentos sociais, de desafios a enfrentar, frente ao sistema capitalista, racista, preconceituoso, branco e elitista. Basta ver nas declarações do professor, coordenador do curso de medicina da UFBA, Dr. Antônio Natalino Dantas em entrevista à rádio Band News, inferiorizando o negro, o afro descendente etc...
A cidade de Salvador é uma das capitais brasileiras onde a população de origem africana é mais marginalizada, violentada e excluída.
A cidade de Curitiba comporta 22% de sua população de afro descendente, mas essa realidade é invisível, segundo os olhos da história e da cultura européia. Os afro descendentes estão nas favelas, nos subemprego, nas periferias. Poucos aparecem nos grandes centros, e se aparecem é motivo de espanto.
Portanto, povo negro que nunca se cansou de lutar, agora como nunca, façamos acontecer a aurora de um novo amanhecer.
Com a força de NZambi venceremos!

do Rememorando

terça-feira, 7 de junho de 2011

África Mãe

Tim Maia
Composição : Tim Maia

Viemos de um mundo
Distante além
Do alto mar
Nos trouxeram sem permissão
Tivemos que ficar
Viemos de um navio
Sem a mínima condição
E aqui nos forçaram
A trabalhar, meu irmão

Mas eu insisto
Pois eu existo
Quero respeito, não abro mão
E sem nos dar a mínima
Ou estudar
Para que jamais ficássemos
Em condições igual
Humilhação, maus tratos
Surras, torturas sem igual
Quase total extermínio
De uma raça tão legal
Capaz, inteligente e sobretudo bonita
E os anos se passaram
E foram passando
E pouca coisa mudou
Mas eu insisto
Porque existo
Quero respeito, não abro mão

E pouca coisa mudou
Pois o povo
Que aqui foi trazido acorrentado
Ainda continua preso a condições
Ainda piores que no passado
Escravidão
Ainda é visível e constante
O preconceito, firme e ambulante
Mas eu insisto
Eu não desisto
Quero respeito, não abro mão
Pois em toda parte
O racismo existe
E quando isso existe
Fica tudo muito triste
Pobre, verdadeiro e cruel
E para que isto mude
Cada um tem que fazer o seu papel
Exigir respeito
Andar direito
Ser exemplar
Levantar o peito
Erguer a cabeça
E ter confiança
Formar lideranças
Para conduzir
Essa gente bela
Sem esperanças
Todas as aquarelas
Juntas em uma só cor
Agora essa casa é sua
Esse prédio, essa rua
Foi você quem construiu essa cidade
Esse país é nosso
Esse mundo é nosso
Ele é meu e ele é seu
É de todos nós
De todas as raças, cores
Credos, seitas e religiões
Mas eu insisto
Porque existo
Quero respeito, não abro mão
Temos que conviver juntos
Ecumenicamente
Pois agora somos todos irmãos